Do que falam pelos cantos
escuros onde a memória
não alcança o sentido
da mortalha aposta
em palavras
palavras da morte esperada
como resposta fria ao futuro
desencontrado em intempestivas
conversas sobre outros ausentes
do que falam pelos tantos
cantos onde escondem
a verdade
palavras irrecuperáveis em sons
dispersos: ares empesteados
de promessas vãs: os vãos
das portas sabem o que digo.
(Pedro Du Bois, inédito)
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