Vendo a alma
em recorrentes negócios
drogo o espírito fecho os olhos
tenho a paz do momento
dura pouco o meu estado
desperto e o gosto aperta
a boca o estômago o cérebro
vendo a alma
recorro aos negócios
não troco a minha vida
pelo sucesso
dura pouco o insucesso
busco na venda a volta
dos pequenos momentos
de olhos fechados
vendo a alma
o corpo paga a conta.
(Pedro Du Bois, inédito)
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