Devo escrever sobre a virtude
condensada em sorrisos maiores
de esperanças: tal o pássaro
na época aberta à caça
devo ouvir o discurso vazio
das inconsequentes ameaças
e me fazer alegre ao estontear
em bebidas de adormecimentos
devo ser o consolo sobre a terra
em saneamento
e sementeira advinda
na proeza dos elementos
devo rugir o leão adormecido
e forçar a destreza com que a caça
é presa inconsútil das necessidades
devo rodear caminhos insignificantes
no jardim alçado ao paraíso: extrair
da árvore a seiva do meu sustento
não devo ter o sentimento ultrapassado
das cassandras na maneira vivandeira
com que me entrego ao silêncio.
(Pedro Du Bois, inédito)
Ritmos Astrais
Há 2 dias
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