terça-feira, 12 de maio de 2015

CULPAS

não preciso esconder a culpa acometida
na infringência amadurecida do composto
signo da desventura. Lírios apanhados
em falta se revezam em vasos menores
exangues de águas cloradas. Disposto
código contemporiza vida e morte
em estereótipos incapazes na abrangência.
Na igualdade reside o grosso da chuvas
a inundar o todo em lodo e lados perfurantes
de espíritos recalcitrantes. Perdura o sinal
das entreluzes incorporadas aos céus
atapetados das diferenças. Receio dizer
da culpa como escrevesse sobre o tempo
ante a intempérie maior do desencanto.
Esconder a verdade em contraprovas
desacompanhadas de laudos oficiais
no escopo necessário à diferença: culpa
sentenciada em frase indizível de verdade.

(Pedro Du Bois, inédito)

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