quinta-feira, 3 de abril de 2014

REPETIÇÕES

gestos se repetem
na lenta agonia
do olhar sobre a pessoa
que passa ereta e fria

não há o cumprimento formal
no esquecimento e no desânimo
fossem inimigos ou estrangeiros
desconhecidos em árido abrigo

loucos assumidos em  praças
de assustados ladrões
entre árvores

gestos repetidos em adeus
prenunciam a chegada imprópria
e o saber-se longe: é longa
a despedida antes do embarque

(Pedro Du Bois, inédito)

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