segunda-feira, 21 de abril de 2014

AVENTURAS

Canto aventuras fossem verdadeiros
privilégios alcançados. Espuma
deixada pelo passado ao se afastar.

O porto fechado infelicita a partida.
Verbaliza a parte da ação na inglória
hora do se submeter ao gozo
despontado em ondas e pássaros.

Na magia da certeza não acontecida
apenas a chuva permanece sobre o solo.

Belos e infinitos corpos se aventuram
ao ar e ventos de pura essência
sabem não haver o embate
e do combate são o fim.

Rasgo as palavras dos sonhos
na realidade silenciosa e nua.

Sem cenário o dia assusta o gesto
na imagem natural da ausência.

(Pedro Du Bois, inédito)

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