segunda-feira, 7 de abril de 2014

DÍVIDAS


 
Despeça o cobrador em vida, a conta
não será apresentada, jamais encontre
a fatura com que se fartam as noites,
o ódio concentrado esmaece o corpo,
a morte transita entre carros,
vende flores e velas, lembranças
traduzem o quanto, óbice dos encontros
o sangue convalesce o doente, suspira
a hora da verdade, seres
perseguem o nascer do dia,
vida entrecruzada em dogmas,
raro o momento que prescinde
de quem cobra os créditos, incautos
devedores; a lida representa a garantia,
o navio se afasta em margens,
gaivotas seguem rastros e restos.

(Pedro Du Bois, inédito)

Um comentário:

  1. Oi, Pedro, entre em contato comigo, quero publicar, em mallarmargens, 3 poemas teus (extraídos dos publicados em Letras et cetera). Abraço.

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