Sim, sou náufrago seco em versos
vaso despossuído em terras aradas
e os arreios com que me prendo
impávido animal terrestre
só não sou espaço
que a vertigem
tolhe meus passos
nem submerso instante
de seres em guelras tranversas
no bolso o dinheiro da venda
e mãos trêmulas na entrega
sim, sou o coração sangrado
onde o infausto se faz condizente
com o corpo movimentado
sob lençóis tão limpos
na mão direita o sincopado som
do exterior comprimido e composto
em desgraças e alegrias fúteis.
(Pedro Du Bois, inédito)
Anledningen
Há uma semana
Nenhum comentário:
Postar um comentário