Simples questões não respondidas: de quantos
Passo Fundo fomos feitos nessa geração
efêmera. Os que foram embora,
os que ficaram, os que retornaram.
Aqueles que se recusaram.
Os que morreram.
Passo Fundo nos reconhece e atrai. Impõe
e dispõe no espaço ampliado dos caminhos:
o boqueirão aberto ao passo, o cemitério
ultrapassado, o sexo reavido ao acaso.
Antigas estradas e territórios cedidos
em concordata. No desmembrar
permanece como história
e mentiras amenizam
os fatos encobertos.
Simples quesitos impostos a cada um de nós,
do Passo Fundo remexido em praças
transplantadas, prédios demolidos,
passados desfeitos, antigos feitos
desconsiderados.
No Fundo, o Passo alivia a fuga
e o corpo se volta no passar do ônibus,
curva-se ao avião que sobe, recusa-se
ao trem inexistente.
Questionário incompleto, repleto.
Reflexo da imagem nas águas
impuras da praça.
(Pedro Du Bois, inédito)
Anledningen
Há uma semana
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