Homens-de-palha disseminam
pânico entre pássaros predadores
em quintais hortas pomares lavouras:
braços estendidos e cabeças eretas
miram horizontes restritos.
Por gerações pássaros não compreendem
a passividade dos espantalhos.
Homens estaqueados defendem o que não
lhes pertence: convencidos da imponência
em estáticas majestades.
Misturados tipos de nossos dias
vagam entre a majestática
coisa alguma de empregos vagos:
escancarado em medos infantis.
Carcaças empalhadas: aves que não arribam.
Coisificação do atraso: sem apoteose.
(Pedro Du Bois, ARMAZÉM DAS PALAVRAS, Ed. do Autor)
Anledningen
Há uma semana
genial de sempre.
ResponderExcluirvir aqui renova as energias.
brax!
Grato, Andel, pelo carinho da sua leitura. Abraços e bom final de semana. Pedro.
ResponderExcluirBelo texto amigo.
ResponderExcluirTenho um novo post amigo.Visita?
www.rimasdopreto.blogspot.com
Abração e bom fim de semana
Os pássaros predadores que queriam ser homens
ResponderExcluire os homens-de-palha que queriam saber voar.
Ao longo dos séculos a palavra-de-palha foi usada como instrumento, remetendo a outra, "A Palavra", para recônditos lugares,
(talvez até para um armazém de palavras).
Mas este é um poema onde a palavra se liberta e voa sobre o mundo.
Simbolicamente genial teu poema.
Abraço
Grato, Felipe, pela sua leitura. Abraços, Pedro.
ResponderExcluir"Por gerações pássaros não compreendem
ResponderExcluira passividade dos espantalhos."
Belíssimo!
:)
Grato, Graça, pela sua visita. Abraços, Pedro.
ResponderExcluirAH! Pedro, como odeio espantalhos. Porque espantar as aves? Para que servem esses artifícios humanos? A natureza é mágica e por si já dá conta do recado.
ResponderExcluirBelíssimo!
Beijos, poeta!
Mirze