quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O COLETOR DE RUÍNAS

Reconhece a voz, a face
na luz do bar: a voz repete
palavras, diz seu nome,
fala do passado, invade histórias

sua mão toca o ombro
e seu hálito esboça
sorrisos: sou eu, diz
a voz, o fulano
de tantas lutas
e festas, o desconexo
viajante das estrelas
e o circunspecto pai
de família; a mulher
sorri o contato:

tristes figuras insensíveis
ao tempo ultrapassado.

(Pedro Du Bois, O COLETOR DE RUÍNAS, 3)

3 comentários:

  1. E reconhecemo-nos em nossas lembranças!
    É sempre bom vir aqui, tem sempre poesia no ar!

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  2. Parabéns, não só pelo "Coletor de Ruínas", mas todos os seus escritos. Visitar seu blog é alimentar a alma. Sempre passo por aqui e me ilumino com seus escritos.
    Desejo a você uma semana iluminada, meu amigo Poeta.

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