domingo, 7 de junho de 2009

CRER

XXXII

não creio que a história
em farsa renovada
seja o esqueleto no armário

o buraco da agulha se oferece à linha
e o camelo passa na repetição
do refrão da garrafa aberta
ao convite, a conformidade
em me saber aprisionado
na rede tecida em aranhas
representa o amanhã fechado
ao acaso lamentado das repetições;

a farsa gera o riso dramático
da exposição do corpo ao ridículo

a grade embaçada se transforma
em partes musicais e do silêncio
retiro o histórico adormecido.

(Pedro Du Bois, em A CASA DAS GAIOLAS)

Um comentário:

  1. Sim, poeta, lembranças imediatas:

    Cacaso: "Então, senti que o resumo é de cada um..."

    Torquato: "Vivo tranquilamente as últimas horas do fim"

    Crer - excelência de sempre; mais do mesmo.

    Grande brax

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