Se na morte reparte o tempo
ido da vida sobre a cama
pela energia iluminando
a noite: regressa em passos
tênues em que lembranças
consomem e avisam
ressurge e apaga a noite
do fardo da partida
que a volta é o que leva
mentindo elogios e elegias
apaga o que o destino oferece
sabendo ser ingênua a troca
pelo errante caminho
inexorável que o presente
é cessado corpo aqui
sobre a mesa: frio em que
repousa o nada do tempo
em que está que do futuro
falará o quanto e agora.
(Pedro Du Bois, inédito)
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