Na ilusão a realidade se conforma
na escuridão ameaçada no inaudito
gesto de acobertamento: rápida a mão
que afaga o rosto enquanto esquece
as palavras. Iludido no retorno do peso
no corpo carregado fosse carga.
A irrealidade acompanha os passos
no refletir o instante onde me traduzo
no corpo desfeito: maneira cruel
de responder ao nada acontecido.
A recompensa se oferece ao tolo
iludido pela mágica: a cristalização
da cena completa a irracionalidade
do ato na desproporção anterior
ao momento. Momentaneamente
afastado escalo o ar rarefeito
da montanha e me incorporo
ao rito: ara irrespondível
no sacrifício diário.
(Pedro Du Bois, inédito)
Envelhecer
Há 17 horas
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