A ambiguidade balança
pratos descompensados
no equilibrar forças: força
o tormento a estar presente
no pressentimento a visão do todo
atordoada em sofrimento arremete
o corpo no instante do desequilíbrio
o compromisso aziago da tarde
transforma as cores brancas
em pretos vestidos anoitecidos
o equilíbrio suspende forças:
pensa a casa original no choro
pela palavra lamento no escuro
não revelado ao menino
no escoar a fortuna acoberta
o dizer do povo: volta o rosto
ao caminho atravessado: sabe
que o destino não equilibra
o corpo desacostumado
em luto presente.
(Pedro Du Bois, inédito)
Ritmos Astrais
Há um dia
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