No regresso traz o riso
colhido no vento ultrapassado
pelo eco das conversas mal
ouvidas: pessoas jogam fora
seus horários de partida
seu riso no instante em que se diverte
mesmo que risadas sejam lembranças
rasga o riso em sementes não amadurecidas
no seco estalar dos dedos contra o dizer
das despedidas: risos escondem
o medo do irreconhecível
alveja o riso em pleno voo: recôndito
de mera corrida sobre o solo: repete
o tiro ao estender o arco que no riso
sobram vidas em novas capturas
no riso tolos moldam pães
e sérios se enredam.
(Pedro Du Bois, inédito)
Ritmos Astrais
Há um dia
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