quando me atrapalha as visões
distorcidas capturadas em cenas
prosaicas da cidade
deixo estar
ao ver a mãe arrumar
a roupa da filha
e a ajudar a atravessar ruas
amarguradas na insensatez
dos projetos despossuídos
em homenagens e acolhidas
deixo estar
no colorido final do dia
a luminescência com que acendemos
insones noites e retiramos
o essencial acumulado em provas
deixo estar
até secar a vontade inerente
nos goles ávidos do ressentimento
deixo estar
e fico sobre a amurada umedecida
do calor transfigurado em verdades
(Pedro Du Bois, inédito)
Quantas Vezes Caímos ao Caminhar
Há 3 dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário