terça-feira, 13 de maio de 2014

LEITURA

O texto permanece em palavras
conhecidas. Não são minhas
as letras nem o sentido.

Avanço a leitura e o todo
se fecha em labirintos.
Setores de plenas razões
em agônicas vozes
de vazios olimpos
dessacralizados.

Ouço a dita verdade na velocidade
dos que não se voltam. Sei ser
o texto o sinal em antecipação.

O amanhã é denso em imagens
fortuitas de mesmo barulho.
                                  Quase nada.

(Pedro Du Bois, inédito)

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