quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

SOMOS

Nenhum sino badala verdades
nos secos tempos de fanfarras
em que nos escondemos
                      em ruas iluminadas
                      e atravancadas
                      de nossos iguais

o barulho nos acompanha
como garantia e vida.

Olhos se dirigem ao próximo
com quem cruzamos na calçada

admiramos o corpo
            repelimos o corpo

somos corpos enfeitiçados
em condições estéticas
de frias e congeladas ideias
onde não badalam sinos.

(Pedro Du Bois, inédito)

2 comentários:

  1. Poeta, mil obrigados de sempre pelos livros, pela generosidade, pela arte que domina este blog de ponta a ponta. Por tudo.

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  2. Amigo Andel, eu é que sempre agradeço pela sua visita e leitura. Abraços, Pedro.

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