a tradução no ouvido atento
dos gestos e das falas
cala a palavra
mal dita
- seja a minha -
outra a sequência
em que as mãos revelam a tese
da solidão sofrida
não esqueço a leitura
amena
das flores em açucenas
o olhar moreno dos fogos
e das pedras o estilhaço
sobre a vidraça
repito a noite
de prazeres na linguagem
que acalma o palavrão nas lutas
em dias de raivas
e amores
traduzido no espírito de conta-gotas
nas frias manhãs de calendários
incompreendidos - sem o tempo
permaneço
na plenitude da palavra significante
das horas cheias em que alego
a confidência e me sufoco.
(Pedro Du Bois, inédito)
Anledningen
Há uma semana
Perfeito, poeta!
ResponderExcluirOi, Lianeide, bom ter a sua leitura. Abraços, Pedro.
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