sábado, 22 de junho de 2013

REVOLTA

Vê a revolta
na volta
o corpo nega
a raça

   some nas pirraças
   em que brinca
             o tempo escravo

revolto o corpo gira
                      e gira
          o giro sobre o corpo
          é redemoinho: traz
e leva a honra atingida

vê a revolta
no sangue que jorra dos corpos
tingidos pela lança
                  faca
              adaga
              o arcabuz ressoa
              tempos perdidos

volta ao cubículo: acorda
cedo e o trabalho permanece
                     na ferida aberta.

(Pedro Du Bois, inédito)

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