quinta-feira, 6 de junho de 2013

IMAGINÁRIO

Estava certo de que seu imaginário
surgiria de alguma forma e no tempo
incerto das brincadeiras ofereceria
o lado incorreto de sair de baixo

estaria à salvo na tempestade
e nem os gritos dos espíritos
seriam capazes de naufragar
barcos e sentidos soltos
em loucas vagas

teria o descontrole da mágica e os coelhos
serrados brincariam em saltos suas metades
entre cartolas imóveis sobre o solo
onde o estático acompanharia o silêncio

na impossibilidade repousa o riso
e o martelar empurra o prego
ao desconhecido que sustenta
o quadro lá posto em castigo.

(Pedro Du Bois, inédito)

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