sexta-feira, 17 de agosto de 2012

CADEIRA

Na cadeira assenta
a vida sem o progresso
denunciado: fica em casa
amuado a pensar o acento
circunflexo no plural do verbo

a parede reflete o calor
na desforra do tempo
dispensado: o corpo sentado
escuta o arrulho do pássaro
engaiolado na frente
da casa deserta

na vida o remorso confunde
o espírito e o corpo cede
ao cansaço.

(Pedro Du Bois, inédito)

Um comentário:

  1. Belissimo poema. Prabens. Estou lhe deixando um convite

    Passei por aqui, para lê o seu blogue.
    Admirável. Harmonioso. Eu também estou montando um. Não tem as Cores e as Nuances do Vosso. Mas, confesso que é uma página, assim, meia que eclética. Hum... bem simples, quase Simplória. E outra vez lhe afirmo. Uma página autentica e independente. Estou lhe convidando a Visitar-me, e se possível Seguirmos juntos por Eles. Certamente estarei lá esperando por você, com o meu chapeuzinho em mãos ou na cabeça.
    Insisto que vá Visitar-me, afinal, o que vale são os elos dos sorrisos.

    www.josemariacosta.com

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