quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

VAGAR

Procuro viver no vagar
de cada dia: canto
pela noite em festas

não me quero rápido
e rasteiro: quero a calma
do vento sobre o feito

desfeito em brisas
não me aligeiro ao espanto

espano o tédio na velocidade
de cada calma caminhada

olho ao longo
e o longe é plácido
em mar revolto

não me revolto ao tempo
desentranhado da passagem.

(Pedro Du Bois, inédito)

5 comentários:

  1. [de traço,

    de vagar é o caminho]

    um abraço,

    Lb

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  2. Grato, Leonardo, pela sua leitura e retorno. Abraços, Pedro.

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  3. "não me revolto ao tempo
    desentranhado da passagem"

    A parte mais linda!
    Parabéns poeta por traduzir tão bem os nossos sentimentos!

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  4. Este seu poema fala da compreensão do ventos, suave e bom. Um ano pleno de realizações a você e à sua família. Um abraço, Yayá.

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  5. Caras Lianeide e Yayá, gratíssimo por suas presenças. Abraços, Pedro.

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