quarta-feira, 14 de abril de 2010

PARTIDAS

Não senti saudades
quando mudamos
de casa na mesma cidade
era muito criança

não me importei
quando fui embora à trabalho
para outra cidade
era muito jovem

não pensei em ficar
quando fui transferido
pela primeira vez
(minha mulher foi junto)
era o progresso

não tive porque ficar
após a carreira
quando voltei com minha família
era o regresso

não me preocuparei
quando tiver que partir
concluindo o ciclo
cedo ou tarde

serei a lembrança.

(Pedro Du Bois, REENCAMINHADO)

5 comentários:

  1. Tá vendo como te sigo ?
    Bonito teu poetar !!!!
    Mil beijos !!!

    ResponderExcluir
  2. Que belo poema, Pedro!
    Quisera eu ter um milésimo desta lucidez diante das mudanças e partidas inevitáveis. Eu, particularmente, lido muito mal com isto e admiri quem tem esta sua visão rara.
    Belo poema, bela visão.
    Sempre bom te ler.
    Abraços,

    Ivan Bueno
    blog: Empirismo Vernacular
    www.eng-ivanbueno.blogspot.com

    ResponderExcluir
  3. Mto bonito, Pedro! Já eu me preocuparei qdo tiver q partir. Senti saudades, na primeira partida, ainda criança.É como diz o poeminha: Tu, lipa. Eu, calipto. :)

    ResponderExcluir
  4. É, Pedro, tua lucidez poética espanta, inquieta, e nos faz querer teus rastros para seguir escrevendo.

    Que Poema, parabéns!!!

    Um beijo amigo e carinhoso.

    Carmen Silvia Presott

    ResponderExcluir
  5. em maio nosso livro vai pra editora.
    abraço.

    ResponderExcluir