sexta-feira, 16 de abril de 2010

O QUE DEVE SER FEITO

...
visões irrepreensíveis
de cabeças abertas
aos sensores decorridos
das espionagens
e dos prêmios ofertados

o andamento do objeto
identificado aos que ficam
sobre terras enxutas
e nada é popupado
aos sofrimentos mantidos
na coragem das perguntas

o fazer não pode idiotizar
as relações irresponsáveis
dos lazeres descritos
em prazeres baratos

rasgada a roupa assoma
o corpo mentiroso das torturas
arrancando a pele por onde
passam unhas avassaladoras
...

(Pedro Du Bois, POETA em OBRAS, Vol. I, fragmento)

2 comentários:

  1. Pedro
    B á r b a r o & s u b l i m e!
    Tenhos algumas poesias que falam da mesma maneira sobre esses efêmeros mas impresionantes e duradoras imagens e sensações.
    Parabéns
    Salete

    ResponderExcluir
  2. Pedro, querido Poeta!!!

    Interessante como este poema nos conduz. A mim, ele começa reflexivo, calculado, para no final se revelar em uma cena cinematográfica de nos arrancar a pele...

    Sempre é muito bom te ler.

    Um beijo amigo e companheiro.

    Carmen Silvia Presotto

    ResponderExcluir