sábado, 5 de dezembro de 2009

ALEGRIAS

Alegro-me, a desgraça passa
no vento em que se renovam
os ares

secam as roupas
ressecam os barros
vidas caem e quebram
no estardalhaço dos sons
ouvidos ao longe e perto

desgraça evitada na passagem
com que o tempo esmaece os fatos
em meras lembranças intemporais

alegro-me com o vento revolvendo os cabelos
cortando a respiração
na hora esperada das desgraças.

(Pedro Du Bois, A ILUSÃO DOS FATOS)

Um comentário:

  1. Pedro,

    bons ventos me trouxeram até aqui. Alegro-me.

    Lindos poemas. Bjs e inté!

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