quarta-feira, 8 de julho de 2009

PROMESSAS

...
o quarto desfeito
em camas desarrumadas

a luz acesa e a mala junto à porta:
promessas de infelizes maneiras de ir embora

o pássaro entra pela janela e se apavora:
se debate no que entende ser seu trajeto

sangra a ave: sangram corações infelicitados
que não podem cobrar as promessas

sangram corpos atingidos pela arma
cruel
e sanguinária

necessária ao alcance dos cumprimentos.

(Pedro Du Bois, POETA em OBRAS, vol. VII, fragmento)

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