terça-feira, 14 de abril de 2009

A OBRA NUA

Prólogo

Despido em entranhas
na estranheza do contato
refluo ares. O erro predispõe
corpos ao delírio e a fantasia - amiga
e desconfiada arma - embute ideias
consagradas.

A nudez clarifica a massa
de manobra onde desculpas
cedem esboços ao cansaço.

Contrafeito, desfaço a inocência
em luzes de povoadas sombras
emparedadas aos acontecimentos.

Por isso, começa a girar
o estupor do dia amanhecido.

(Pedro Du Bois, em A OBRA NUA)

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