Digo: luz dos meus olhos caminho acesa
vela do desvelo olhar absorto dos amores
comida em beijos subtraídos corpo
desvalido em ofertas reforçadas
ao tédio do dia de ontem
digo: estrela vespertina estrela
matutina estrela beijo recebido
beijos possuído no calor da noite
noite benfazeja em dormires e
acordares recentes na madrugada
digo: refrega esfrega obriga o destino
em testamento consome os trinta
e nove dinheiros em diárias baratas
dos hotéis desfeitos em novembros
digo: luz dos sentidos olhos sobrepostos
mãos inseridas em profundos bolsos
seios oferecidos corpo retesado
consumo excessivo de inverdades.
(Pedro Du Bois, inédito)
Nenhum comentário:
Postar um comentário