A chuva molha
as ruas: leva a sujeira
entope bueiros
rasga caminhos
perdidos em sucessivas
construções
na chuva a saudade
de antigos tempos
com os amigos
agora raramente
encontrados no frescor
após a chuva
no cheiro da terra
e no canto do pássaro
a água reencontra seu trajeto
e não se faz de rogada: destrói
a mão do homem: esquece
construções no caminho
naufraga a vontade que obsta
a senda
a saga
a vaga história.
(Pedro Du Bois, inédito)
A Criança
Há 12 horas
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