terça-feira, 13 de janeiro de 2015

OUVIR E SENTIR

Não ouço a canção do arrebatamento

mantenho a mente aberta aos morcegos desencantados

sou envolvido pelas consequências dos funestos gestos
no reter a simplicidade na troca de cartas

ouço na canção a nota
cobrir a letra    
                 ao descobrir
                 a intenção nos atos
                 impraticáveis

apago as luzes antes da saída
e na penumbra sinto a frágil iluminação
com que o espaço me abraça e protege.

(Pedro Du Bois, inédito)

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