Na pedra a coloração
inercial do universo
(maneiras diversas
dos olhares: sangue
não coagulado da donzela
oferecida ao sacrifício
de estar viva: indomada)
raspa a entranha e a delimita
no estrito dever de ser pedra
apedreja a mão que a escala
em réguas: as réguas libertam
o veio indelével dos amanhãs
cores se fazem apresentáveis aos olhos
menores dos interlocutores: palavras
soam porosas em elogios - bastante.
(Pedro Du Bois, em O SENHOR DAS ESTÁTUAS, Editora Penalux, 2013)
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