sexta-feira, 15 de março de 2013

LASCÍVIA

tens a lascívia não és pedra
água corrente ondas desandado
castelo arenito no calor das mãos
em afago teu o corpo que se apresenta
indócil no gesto e os olhos fixam outro
ponto longe estás presente o ambiente
propicia a sede escolhe a maneira
e persegue o que te olha sexo
e morte ter e perder anuncias
a não entrega e estendes a mão
moeda de prova e pecado inconcluso
que não há o toque e a vontade presa
no fio da garganta diz obrigado

(Pedro Du Bois, inédito)

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