Semeio o campo
colho o instante no sofrimento
retomado ao cansaço de que sou feito
poderia ser diferente se o aguardado
acontecesse durante a semeadura
não na colheita
na palha refaço a terra nua: em cada safra
o esforço mede a censura
no olho d'água
semeio terras aráveis
no desdizer discursos: palavras
somem extremos em que perdições
barateiam preços e produtos
aproximo o vento ao tempo
excedente: nada sobra
na terra seca.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 4 de junho de 2016
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