Na plenitude do espaço
divido o tempo
em recados retalhados
aos homens de compreensão
imediata: músicas entoadas
no momento de insolência
a morte representada no rebotalho
chorado no esquecimento
o espaço mortalmente temporizado
dilacera a órbita na constância
dos planetas que a igualdade
da repulsa atrai a gravitação
corpórea do restante
na viva voz da discordância
explicada em razões de alegria
no final do tempo permitido
ao corpo oxidado na atmosfera
breve a terra na permanência
excludente da memória.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 24 de junho de 2016
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