quarta-feira, 14 de setembro de 2011

VER

Contemplo a morte
presente
   pressente
        aparente

não a verdadeira morte
nauseabunda

(a gata prenhe e gorda
 sobre a relva em busca
 do espaço perdido
 na fertilidade)

          contenho a morte
          no instante referente
          e a congelo
          em imagens

(não a gata, preta e branca
                 gorda e prenhe)

              convivo na morte
              anunciada em nascimento.

(Pedro Du Bois, inédito)

2 comentários:

  1. A morte pode até ser transformada em poesia mas eis que a vida, qdo exaltada desta forma abrilhanta as palavras e o existir e transforma cada letra num eterno versejar. Parabéns pelo blog. Já o estou seguindo, ok? Abraços amigos!!!

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  2. Grato, Lana, pela sua visita. Volte sempre. Abraços, Pedro.

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