terça-feira, 6 de setembro de 2011

MISTÉRIOS

O bolso repleto
de mistérios: inícios
guardados no alvoroço
da conquista - o que mais
pode fazer em cada uso -
na entrada da noite, entre o jantar
e o sono, contabiliza o sucesso
em formas diversas: retira
do bolso o mistério e o transforma
em formas conhecidas, acrescenta
em cada episódio a incerteza
do crescimento: longe atira
o papel picado, longe acerta
o parafuso sem a arruela, longe
destaca o cheiro amorfo do inseto,
longe se refugia do futuro.

(Pedro Du Bois, inédito)

5 comentários:

  1. é esse não saber que nos leva adiante...melhor não pensar em insetos agora.

    Sucesso.

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  2. Grato, por sua leitura. Abraços, Pedro.

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  3. Muitos mistérios no bolso
    imprevisíveis
    como cada novo instante!

    Abraço, Pedro!

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  4. Enigmático e lindo!!
    Um abraço, poeta Pedro.

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  5. Caras Lau e Marlene, como sempre, grato por suas leituras. Abraços, Pedro.

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