terça-feira, 20 de setembro de 2011

AUSENTES

Sento com os meus
e presto atenção no silêncio:

nas palavras não ditas
nos gestos não esboçados
na apatia que nos cerca

          nos olhos presos
          na tela
          iluminada

as luzes confundem as pessoas
e as acostumam
em ausências.

(Pedro Du Bois, inédito)

4 comentários:

  1. outubro : os corvos do meu céu



    luminárias devem cintilar
    a solidão da noite
    de luz insólita

    antes de cair dos céus
    olharia as sombras
    das tormentas

    - transformadas em sonhos -

    mas deixo
    que o falso dia
    penetre pelas fenestras
    volitando pigmentos
    pelos lábios petrificados

    exponho
    um seio da face ao sol
    elevo-me à razão do pulso
    que acelera (a)o ritmo dos passos
    até o último instante

    tão tênue
    que eu passo
    a desafiar o tempo
    do vento mais antigo
    e intrigante

    ouço dizer que os anos
    podem alterar rumos
    e muitos anos - o horizonte -

    o olhar que arremessei
    aos céus nesta noite
    não (a)tingiu o coração


    www.escarceunario.blogspot.com

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  2. Grato, Adriana, pelo seu retorno. Abraços, Pedro.

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  3. Grato, Luiz, pelo seu poema. Abraços, Pedro.

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