quarta-feira, 22 de julho de 2020

AMBIENTE













Parado no ambiente
descanso a ruindade
do momento: na música
retenho o verso musicado
ao extremo gosto: dizia
de amores consumidos
em águas de passagem

afasto a corrente e me desfaço
em elos desencadeados: o ranger
da tela me arrasta em fantasmas

passado ao ambiente interno
arrisco o passo e me desfaço
em assuntos relembrados:

           traumas vitrificam
           manequins estáticos.

(Pedro Du Bois, inédito)


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