segunda-feira, 25 de abril de 2016

CIDADE

Olho a cidade em barulhos
sussurros             silêncios

posso me reconhecer no antro
escuro de seus becos (cidades
estão repletas) vazios 
de encontros: a cidade
se renova no lugar
de sempre: longe
                  perto
      além do desejo
      em que caminhos se bifurcam.

No antro o rancor silencia
a noite que na periferia
reinicia a obrigação da volta
                            para casa.

A cidade envelhece as pessoas
anônimas no reconhecimento

escondendo a pressa na passagem
a cidade me faz diverso em ser fiel 
escravo do progresso: imerso.

(Pedro Du Bois, inédito)

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