sexta-feira, 28 de junho de 2013

VENENO

A cobra e sua peçonha
veneno inoculado
tempo rastejante
                      o bote

        ficamos parados
ante o perigo
e não ouvimos os gritos
dos que nos pedem auxílio

o jogo em chutes cruzados
que o veneno impede
                  a esperada reação

noites em vigília
           o telefone não traz notícias
           de que estejamos melhorando

o veneno avança
pela corrente sanguinea
        que carrega o inimigo

                     paralisa
                     paralisado corpo
                     enquanto o tempo
                                         finda.

(Pedro Du Bois, inédito)

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