terça-feira, 19 de abril de 2011

ARES DA TERRA

O rio da minha infância
passa longe
da minha pequenez
e do medo de ir até ele
e me banhar

o banho fechado
no pecado de estar molhado

quanto mais perto chego
mais o rio se faz longe

hoje há a ponte
e sob a ponte
entulhos e detritos

a rio da minha infância
estrangulado em papéis
assoreado em seca lembrança
do que não foi longe
e perto.

(Pedro Du Bois, ESPAÇOS DESOCUPADOS, Edição do Autor)

8 comentários:

  1. Pasé a visitarte,poeta.Un abrazo.
    Dorita Puig

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  2. Bom ter a sua companhia, Dorita. Abraços, Pedro.

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  3. Crescemos e conosco úmidas lembranças às vezes se perdem ressequidas na realidade que avistamos. Por sorte, noutras há progressos.

    Beijos, sempre bom estar aqui.

    Carmen.

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  4. Carmen, como sempre, um prazer ter a sua leitura. Abraços, Pedro.

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  5. Pedro!

    A infância...às vezes tão perto, em outras tão distante. Mas sempre presente esses momentos maravilhosos.

    Beijos, poeta!

    Mirze

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  6. Grato, Mirze, pela sua leitura. Abraços, Pedro.

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  7. E assim vai o mundo..
    E assim se retorna, em verso, à memória

    Sempre bom ler-te.

    Abraço

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  8. Eu é que agradeço poeta Filipe por sua sempre presença. Abraços, Pedro.

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