sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ESCREVER

No caderno de desenho
as letras constituem traços
e nas palavras revejo
o colorido das pinturas.

Alguns trechos se apresentam
geométricos como as composições
do Córdula

narrativos como a conversa
das mulheres nas janelas
de Flávio Tavares

toscos e primários
como as festas populares
e primitivas da Isa Galindo.

Mesmo que só fugazmente
consiga unir os dois:
O Véu de Noiva em cascata
pintada pela Dalva.

Descanso o lápis sobre o papel.
Não posso deixar a página em branco.

(Pedro Du Bois, AS PESSOAS NOMINADAS)

2 comentários:

  1. Grato, Pedro. Por tantos poemas que você tão maravilhosamente escreve e nos envia. E por ter atingido este momento Zen em que um poeta tem de ir sempre em frente, basta pousar seu lápis sobre o papel.

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  2. Amigo Pedro Du Bois
    Não nos prive dos seus versos por muito tempo. Eles fazem parte da vida, da emoção e do amor.
    Agradecemos por tudo, ficamos muito felizes!
    Deus o abençoe e proteja!

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