domingo, 16 de agosto de 2009

TÂNIA

Tu, apenas tu
o sonho dorme e és serena
em tua certeza do conhecer
o meu espanto e os barulhos
que de longe entendes
são teus olhos, fechados
circulando entre mundos, claros escuros
onde os movimentos se penetram
e o corpo - os corpos - pede o gesto
do abandono e da conquista
no que pensa o inconcluso pensamento
na perna entrecruzada sobre a cama
sentes o lenço que acoberta o frio
e teu coração descansa longe
onde estou admirando
o sono em flores que não foram dadas
tu, apenas tu acorda
e sei a glória de estar ao teu lado.
(Pedro Du Bois, em LIVRO DA TÂNIA)

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