terça-feira, 9 de junho de 2009

OS DIAS INDIFERENTES

Quarta-feira

1
Obscuro homem
sentado na cadeira
voltada para fora
da sua vida e da minha

sem pensamentos e lembranças
descompromissado e incógnito
no preguiçoso passar dos dias
em que as horas são apenas
o voo do pássaro e seus gritos

2
nenhum sentido em vista
e da vida terá respostas
a preguiça e a desavença
a profecia cercando
a noite de estrelas frias

os olhos fechados ao mundo
sumido sorriso esboçado
as mãos segurando firme
as guardas da sua cadeira.

(Pedro Du Bois, em A DIFERENÇA ENTRE OS DIAS)

5 comentários:

  1. Este poema tem um tom insuperável... bravo, caro Du Bois!!

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  2. Meu caro Omar, insuperável é a sua visita. volte sempre. Abraços, Pedro.

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  3. Foi bom encontra-lo meu mestre assim continuo o mesmo aluno em aprendizado. Forte abraço tricolor.

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  4. Belo poema, Pedro.

    Há dias indiferentes que, no entanto, talvez façam diferença...

    Um abraço.
    H.F.

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  5. esse homem sem perguntas,
    da vida tendo respostas...
    "sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão..."

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