Não nos apresentamos no começo
chegamos atrasados
desleixados
pensamos desnecessária a nossa presença
nada acrescentaríamos
pena nos esperarem
poderiam começar
sem a nossa presença
perderam tempo
para sempre
também
não estaremos aparentes
no final da hora.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
ILUMINADA
Iluminada aquela que sopra a vento sobre mim
esconde o meu sofrimento
não demonstra medo
apresenta a face alegre
em largo sorriso
iluminada aquela que provoca risos em mim
esconde o meu sofrimento
escamoteia o que eu tenha de ruim
transforma meu pesado rosto
em face de largo sorriso
iluminada aquela que me traz prazer
esconde o meu sofrimento
representa no corpo nu
a transformação da desgraça em prazer
em máscara de largo sorriso.
(Pedro Du Bois)
sábado, 24 de fevereiro de 2018
OFÍCIOS
Quando a hora chega
vemos o despreparo
ao contrário do suicida
nunca estamos prontos
irritada a morte nos apressa
para que tudo seja rápido
não se preocupa com quem fica
chorando tristezas pelos cantos
faz apenas o que seu ofício
ordena.
(Pedro Du Bois, inédito)
vemos o despreparo
ao contrário do suicida
nunca estamos prontos
irritada a morte nos apressa
para que tudo seja rápido
não se preocupa com quem fica
chorando tristezas pelos cantos
faz apenas o que seu ofício
ordena.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
DIGRESSÃO
Amadureço ideias
que cristalizadas
refletem temas
leio pela necessidade
de iniciar a obra
no que escrevo traduzo
sobras idealizadas.
(Pedro Du Bois, inédito)
que cristalizadas
refletem temas
leio pela necessidade
de iniciar a obra
no que escrevo traduzo
sobras idealizadas.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
PARTIR
Parte
quem sabe
começará a vida
parto
início de tudo
mesmo que não queira
desamparado presente
sente quem chega
sofre quem fica
(quando parte)
conta de chegar
conchas na praia
esvaziadas da vida
ecoam nos ouvidos
sons perdidos.
(Pedro Du Bois, inédito)
quem sabe
começará a vida
parto
início de tudo
mesmo que não queira
desamparado presente
sente quem chega
sofre quem fica
(quando parte)
conta de chegar
conchas na praia
esvaziadas da vida
ecoam nos ouvidos
sons perdidos.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 18 de fevereiro de 2018
QUANTO
Quanto nos afastamos
da juventude: queriam
que ficássemos jovens
na ingenuidade: quanto
nos afastamos do infortúnio:
queríamos ficar chorando
lágrimas por perdidos
amores juvenis?
Alguns permanecem
em álibis não planejados:
cercas vivas
de recordações.
(Pedro Du Bois, inédito)
da juventude: queriam
que ficássemos jovens
na ingenuidade: quanto
nos afastamos do infortúnio:
queríamos ficar chorando
lágrimas por perdidos
amores juvenis?
Alguns permanecem
em álibis não planejados:
cercas vivas
de recordações.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
(RE)CRIAÇÃO
Criamos nossos mitos
convivemos com eles
demônios atrás das portas
entre as cortinas
nas luzes apagadas
sombras
o passar do vento
fantasmagórico
que mais fazemos
perdidos nesta dimensão?
(Pedro Du Bois, inédito)
convivemos com eles
demônios atrás das portas
entre as cortinas
nas luzes apagadas
sombras
o passar do vento
fantasmagórico
que mais fazemos
perdidos nesta dimensão?
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
SONHAR
Aproveitar no sonho
que a realidade interpenetra
outras vidas
onde não começamos
nem vamos em frente
nem terminamos
na profundeza da dúvida
a certeza da irrealidade
na crença dos discípulos
futuro presente passado
entrelaçados: não sonhamos
o que podemos pensar.
(Pedro Du Bois, inédito)
que a realidade interpenetra
outras vidas
onde não começamos
nem vamos em frente
nem terminamos
na profundeza da dúvida
a certeza da irrealidade
na crença dos discípulos
futuro presente passado
entrelaçados: não sonhamos
o que podemos pensar.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
MONOTONIA
esqueça as ameaças
tantas vezes recebidas
não tenha medo
nem o mistério lhe tolha os gestos
é livre para viver
sem suspense
a vida é cotidiana
alternados tempos de chuva e estio
plantar colher
rir chorar
achar perder
monótonos
(Pedro Du Bois, inédito)
tantas vezes recebidas
não tenha medo
nem o mistério lhe tolha os gestos
é livre para viver
sem suspense
a vida é cotidiana
alternados tempos de chuva e estio
plantar colher
rir chorar
achar perder
monótonos
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 10 de fevereiro de 2018
CIVILIZAÇÕES
Praças
geométricos caminhos
calçadas
arames separam
canteiros e passeios
placas proibitivas
genérico sentir
do que tentamos ser
sempre que frequentamos
praças
assim
civilizatórias.
(Pedro Du Bois, inédito)
geométricos caminhos
calçadas
arames separam
canteiros e passeios
placas proibitivas
genérico sentir
do que tentamos ser
sempre que frequentamos
praças
assim
civilizatórias.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
CONTAS
Recebe a conta
confere a fatura
não compreende a vida
cobrar taxa de serviços
devia estar inclusa
nos impostos
doenças familiares
repetição de ano escolar
na loira que passa
e olha de relance?
(Pedro Du Bois, inédito)
confere a fatura
não compreende a vida
cobrar taxa de serviços
devia estar inclusa
nos impostos
doenças familiares
repetição de ano escolar
na loira que passa
e olha de relance?
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
Assinar:
Postagens (Atom)