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quarta-feira, 30 de setembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
ILUSÕES
Sobre a cabeça
pensada história
deslocada em ares
conhecidos
colocada da cabeça
para baixo
refeita
em circunlóquios
retirados da cartola
na mágica das derrotas
sobreposta ao gesto
com que segura o chapéu
contra o vento.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
domingo, 27 de setembro de 2015
CORPO
Abandonado corpo
subsiste ao tempo
decomposto em partes
ignoradas de vidas
perseguidas em sucessivos
fracassos desentendidos
o arcabouço reflete a entrega
acalorada dos sentidos opostos
nos descobrimentos:
tanto
despercebido
ao sabor
dos ventos
nas mãos
ágeis do ladrão
apoderado
no fracasso
O corpo não descansa na limpeza
crua da decomposição atávica.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 26 de setembro de 2015
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
SOBRESSALTO
O sobressalto reduz o mundo
em susto desmensurado
na ótica em que se suporta
esboça o bote no desencontro
entre o anunciado e o transitado
troféu difuso do instante
o salto no vazio espaceja
o corpo ao sobressalto
de se saber no espaço
vago das deslembranças
reclina a visão no despropósito
de esconder sobrancelhas e íris
em assustado mundo realizado.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
DIZER
Recito versos:
a memorização
acalenta sonhos
de conhecimento
declamo sentimentos
inflamados nos gestos
compostos em personagens
retiro do texto a essência
e no vazio dobro
o contexto
irrealizado: cesso a fala
e colho aplausos.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
terça-feira, 22 de setembro de 2015
HISTÓRIAS
Amanheço histórias
decoradas em detalhes
absortos nos mínimos
tremores: a mão risca
o papel esbranquiçado
em apagamentos: sei
do amor indesejado
pela imperial família
não esclarecida nas manhãs
recolhidas em úmidas calçadas:
raro amanhecer desmaiado
em cantares de galos devolvidos
aos olvidados campos dos nasceres:
após a conclusão da cerca pensa
a mulher colhendo sonhos: poderei
amaciar histórias antes das luzes
serem apagadas: aconteço
na moralização hiperbólica
de ensinamentos rudimentares.
(Pedro Du Bois, inédito)
decoradas em detalhes
absortos nos mínimos
tremores: a mão risca
o papel esbranquiçado
em apagamentos: sei
do amor indesejado
pela imperial família
não esclarecida nas manhãs
recolhidas em úmidas calçadas:
raro amanhecer desmaiado
em cantares de galos devolvidos
aos olvidados campos dos nasceres:
após a conclusão da cerca pensa
a mulher colhendo sonhos: poderei
amaciar histórias antes das luzes
serem apagadas: aconteço
na moralização hiperbólica
de ensinamentos rudimentares.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
domingo, 20 de setembro de 2015
PENSAR
O pensamento
(mola mestra)
em antecipação
destrói o presente
em especulações futuras
- mantém soltos em labirintos
oníricos minotauros olfativos
dos desgraçados medos
a que nos submetemos
em pensamentos vago corpo
crucifixa a vontade no desvendar
cenas escurecidas na memória.
(Pedro Du Bois, inédito)
(mola mestra)
em antecipação
destrói o presente
em especulações futuras
- mantém soltos em labirintos
oníricos minotauros olfativos
dos desgraçados medos
a que nos submetemos
em pensamentos vago corpo
crucifixa a vontade no desvendar
cenas escurecidas na memória.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 19 de setembro de 2015
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
APOSTAS
Aposto na última carta
em branco devolvida
aposto sobre a mesa
a intenção da derrota
sem mudar a carta
colocada ao alcance
feito profeta desdigo o passado
reconstruído em afrontas
aparto do baralho a carta
do meio: leio letras
em sequência: escondo
na frustração o elemento
aleatório da lembrança.
(Pedro Du Bois, inédito)
em branco devolvida
aposto sobre a mesa
a intenção da derrota
sem mudar a carta
colocada ao alcance
feito profeta desdigo o passado
reconstruído em afrontas
aparto do baralho a carta
do meio: leio letras
em sequência: escondo
na frustração o elemento
aleatório da lembrança.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
MUSICAR
Detalhes esparsos
recolhidos no bico
pássaro: pegar e levar
ao ninho: aninhar
o filhote e jorrar
voos futuros detalhados
no rascunho: esboço.
Torço mãos nervosas
e águas são respostas
em retalhos contornados
ao ocaso: estar significa
o acaso das sereias: dizem
em cantos (encantos) futuros
limitados sobre pedras.
Você presente (pressente)
no vazio do pássaro: flutuar
e subir: às vezes musicar.
(Pedro Du Bois, inédito)
recolhidos no bico
pássaro: pegar e levar
ao ninho: aninhar
o filhote e jorrar
voos futuros detalhados
no rascunho: esboço.
Torço mãos nervosas
e águas são respostas
em retalhos contornados
ao ocaso: estar significa
o acaso das sereias: dizem
em cantos (encantos) futuros
limitados sobre pedras.
Você presente (pressente)
no vazio do pássaro: flutuar
e subir: às vezes musicar.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 15 de setembro de 2015
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
UNO
acondicionado em plástico
entregue ao sabor
do gesto
desgosto explícito
apavorando a hora
unicidade
deificada
em repetições
sumidouro da paixão
ante olhos iluminados
na condição atávica
do mistério desvelado
uno e distante
(Pedro Du Bois, inédito)
entregue ao sabor
do gesto
desgosto explícito
apavorando a hora
unicidade
deificada
em repetições
sumidouro da paixão
ante olhos iluminados
na condição atávica
do mistério desvelado
uno e distante
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 13 de setembro de 2015
sábado, 12 de setembro de 2015
E daí blog (texto de Tânia Du Bois)
Pedro Du Bois/Luiz Otávio Oliani, também em:
http://edai7.blogspot.com.br/2015/09/verso-de-pedro-du-bois-e-reverso-de.html
http://edai7.blogspot.com.br/2015/09/verso-de-pedro-du-bois-e-reverso-de.html
ABSURDOS
o absurdo
circula
ruas
e praças
espia
observa
em patéticos
passos
e piruetas
acostumado
adestrado
domesticado
arrefece sua figura
em capas de revistas
e cenas fotográficas
tem conhecimento aproximado
da realidade: retirado em próximos
passos o absurdo se transforma
em peça arquivada
(Pedro Du Bois, inédito)
circula
ruas
e praças
espia
observa
em patéticos
passos
e piruetas
acostumado
adestrado
domesticado
arrefece sua figura
em capas de revistas
e cenas fotográficas
tem conhecimento aproximado
da realidade: retirado em próximos
passos o absurdo se transforma
em peça arquivada
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Vidráguas
Pedro Du Bois/Luiz Otávio Oliani, texto de Tânia Du Bois, em:
http://www.vidraguas.com.br/tania-du-bois-verso-de-pedro-du-bois-reverso-de-luiz-otavio-oliani/
http://www.vidraguas.com.br/tania-du-bois-verso-de-pedro-du-bois-reverso-de-luiz-otavio-oliani/
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
BENS
O homem vê o espaço
abre os braços
mede distâncias
ao inaudito das terras
ocupadas: escuta sons
e os identifica em ecos
passageiros nas repetições
indevidas da sobrevivência
amealhada pela captura
insensível do momento
no espaço vazio (ocupado)
a visão abarca horizontes
ao homem
espaços apropriados
são bens acumulados.
(Pedro Du Bois, inédito)
abre os braços
mede distâncias
ao inaudito das terras
ocupadas: escuta sons
e os identifica em ecos
passageiros nas repetições
indevidas da sobrevivência
amealhada pela captura
insensível do momento
no espaço vazio (ocupado)
a visão abarca horizontes
ao homem
espaços apropriados
são bens acumulados.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 8 de setembro de 2015
NÃO
não estou pronto para a festa
atrasada dos desenganos
sou único trajando luto
em vidas remanescentes
após ser e continuar
ingênuo e irresoluto
não estou presente no desencontro
através do vidro da janela
na escuridão do quarto
escondo da luz o desengano
não me faço visível ao lamento
das trombetas no anunciar a ausência
entrecortada em laços de parentesco
: nós desfeitos em alisadas cordas
não sou quem vem depois
antes sou o que se retira
escondendo o rosto
em lágrimas de saudades
(Pedro Du Bois, inédito)
atrasada dos desenganos
sou único trajando luto
em vidas remanescentes
após ser e continuar
ingênuo e irresoluto
não estou presente no desencontro
através do vidro da janela
na escuridão do quarto
escondo da luz o desengano
não me faço visível ao lamento
das trombetas no anunciar a ausência
entrecortada em laços de parentesco
: nós desfeitos em alisadas cordas
não sou quem vem depois
antes sou o que se retira
escondendo o rosto
em lágrimas de saudades
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Escrever, com Luiz Otávio Oliani
ESCREVER
Escrevo na folha
a estrofe derradeiracondensada em palavras
de despedida.
A folha preenchida
pede folhas sucessivas.
Escrevo histórias recontadas
em dias de mesmas palavras.
(Pedro Du Bois, inédito)
http://pedrodubois.blogspot.com
Luiz Otávio Oliani
Logo após ler o poema “ESCREVER” de Pedro Du Bois
o que rascunho na folha
é novo para mim
velhos sentimentos
em poesiaamor morte solidão
- sempre assim
o olho do poeta
capta o nunca vivido
a voz não dita
o inimaginado
metamorfose à risca
o papel sempre engravidade sensações inéditas
domingo, 6 de setembro de 2015
RITOS
sob o olhar do guardião
invade o templo e prostra
a face contra o solo
a absolvição irradia
simpatia na contenda
estabelecido em regras
reage ao contato: no fundo do olho
tem o recado imposto ao silêncio
da palavra desdita entredentes
a condenação abstrata estratifica
o ser contra a corrente
repele a visão apropriada
no sangue derramado
(pássaro ferido pela pedra)
evidências não comprovadas
arquivam o processo
(Pedro Du Bois, inédito)
invade o templo e prostra
a face contra o solo
a absolvição irradia
simpatia na contenda
estabelecido em regras
reage ao contato: no fundo do olho
tem o recado imposto ao silêncio
da palavra desdita entredentes
a condenação abstrata estratifica
o ser contra a corrente
repele a visão apropriada
no sangue derramado
(pássaro ferido pela pedra)
evidências não comprovadas
arquivam o processo
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 5 de setembro de 2015
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
IGNORAR
na ignorância o grito assustado
em que se reconhece: a fuga permanece
ao levar sombra a claridade desfeita
em imagem e se recolocar vazia
contra o vidro em cores fortes
a fuga recompõe a cena e se transfigura:
extremo gesto na negação do engodo
pela incerteza com que o carrasco
arremete a lâmina
e nada encontra para cortar
a ignorância em épocas indistintas
mostra diversidades e nos confunde
em faces intercaladas: belo
feio
ódio
expressado em claros olhos
a fuga repete gestos na extensão
ambígua de recobrir a cabeça em homenagem
e graça: a ignorância sonha a eternidade
(Pedro Du Bois, inédito)
em que se reconhece: a fuga permanece
ao levar sombra a claridade desfeita
em imagem e se recolocar vazia
contra o vidro em cores fortes
a fuga recompõe a cena e se transfigura:
extremo gesto na negação do engodo
pela incerteza com que o carrasco
arremete a lâmina
e nada encontra para cortar
a ignorância em épocas indistintas
mostra diversidades e nos confunde
em faces intercaladas: belo
feio
ódio
expressado em claros olhos
a fuga repete gestos na extensão
ambígua de recobrir a cabeça em homenagem
e graça: a ignorância sonha a eternidade
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
AMANHECER
Amanheço
no reconhecimento
da noite insone
assumo cansada forma
e me despeço
ofereço sacrifícios ao encanto
em iluminado ambiente articulado
de trabalho insano
arrumo o nó da garganta
e me desfaço.
(Pedro Du Bois, inédito)
no reconhecimento
da noite insone
assumo cansada forma
e me despeço
ofereço sacrifícios ao encanto
em iluminado ambiente articulado
de trabalho insano
arrumo o nó da garganta
e me desfaço.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Revista Cerrado Cultural
Escrever, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/09/escrever.html
Corpo e Luz, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/09/corpo-e-luz.html
Luz, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/09/luz.html
Onde e Quando, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/09/onde-e-quando.html
Barco, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/09/barco.html
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/09/escrever.html
Corpo e Luz, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/09/corpo-e-luz.html
Luz, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/09/luz.html
Onde e Quando, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/09/onde-e-quando.html
Barco, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/09/barco.html