sábado, 11 de agosto de 2012

ÚLTIMO

Sou o último
e vago refém
do absurdo: vejo você nua
                    e ausente
                   dos sobressaltos

ser o último me remete
ao início fortuito
de estar presente: sua nudez
completada no lusco-fusco
das luzes amareladas

no último instante
lembro seu corpo
desnudado em ofertas.

(Pedro Du Bois, inédito)

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