O tigre dos desejos
mancha a reputação
em peles ásperas
de desencontros
a consciência ilesa
deita a prostituta
na sanha arbitrária
dos desejos
a consome em peles
desprovidas, em ascos
desconhecidos, em sedes
saciadas ao acaso
o desejo abandona a casamata
e batalha: a mortalha cobre
as manchas. Desnudada
em suores, assusta o instante
do alcance e desaparece.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
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